A maioria da população de Timor-Leste vive da agricultura e de uma economia de subsistência. Este setor, que emprega cerca de 70% da população, exporta essencialmente café e baunilha.
Mais recentemente, os produtores têm diversificado as suas culturas, nomeadamente com a produção de canela, curcuma e outras especiarias para exportação.
A maioria das culturas, plantas e árvores são cultivadas em formato misto, sendo que apenas uma minoria é produzida em monocultura. A baunilha tem vindo a tornar-se uma cultura em crescimento, especialmente para exportação.
Atualmente, existem muitos países que regulam o mercado de exportação da baunilha, desde a produção até à venda. Em Timor-Leste, este mercado não é regulado, pelo que existe uma ameaça aos produtores. O Mercado internacional da baunilha é extremamente volátil. Os preços de mercado variam de ano para ano e dependem de inúmeros fatores como: condições edafo-climáticas, desastres naturais e quantidades produzidas a nível global.
O processo de polinização da baunilha é, na maioria dos casos, feito manualmente e o procedimento de transformação da vagem de baunilha ainda verde para as vagens secas, cor de chocolate, é demorado. Durante este período de desidratação, o peso de uma vagem diminui entre 5 a 6 vezes o seu peso antes da apanha. Assim, são necessários entre 5 a 6 Kg de baunilha fresca para produzir 1Kg de vagem de baunilha para consumo.
Na região de Aileu, os produtores colhem as vagens e organizam-se em turnos durante o processo de secagem, de forma a manter a excelente qualidade da baunilha produzida.